Chuvas de balas, bombas e explosões. Essa era a cena mais comum, juntamente com as cortinas cinzas que se fechavam, cegando a alma dos combatentes do teatro da guerra. Paul era mais um ali no meio do fogo cruzado. Veterano, Sargento do Batalhão Vermelho, alimentava a vontade do retorno para a casa, ir ao encontro da mulher e filhos...
A Sensação era desconfortável, as almas dos soldados estavam cegas de bondade, apenas enxergavam a matança como um caminho de volta para as suas terras. Paul, juntamente com a tropa Vermelha, apelidada assim por ser a mais sanguinária e destrutiva de todas as outras, se viam camuflados de ódio, sede de sangue, queriam a qualquer custo, saírem vitoriosos, ou se não, matar o maior número possível de inimigos. A descrição daquele cenário não se aplicava aos desastres, e sim às causas, as mesmas estipuladas pelos comandantes, poderosos nacionalistas que sangravam pelo país. Todos os dias eram as mesmas coisas, poucas horas dormidas, olhos atentos aos “coelhos”, assim eram chamados os inimigos estrangeiros. Qualquer movimento estranho, era sinônimo de um corpo a mais nas trincheiras barrentas.
-O dia estava parado, o que não era comum naquelas redondezas. Os soldados estavam inquietos, na possibilidade de sofrerem algum ataque repentino, que os pegassem de surpresa...A tarde estava chegando ao fim, a lua chegava aos poucos, dando um fim a mais uma “eternidade de vinte quatro horas”. Paul estava com seu rifle no alto de uma casa de pedras, antes um lar familiar, aonde crianças brincavam com seus brinquedos artesanais, agora não passava de ruínas com fantasmas do passado.
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
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