Marco Vinicius.

"A Natureza é mais esperta."

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Avó




Ainda me lembro como se fosse ontem, eu chegando, apertando a campanhia e me deparando com aquele vestido de senhora e aquele sorriso, sim, como eu gostava de chegar na sua casa, ganhar um beijo no rosto e logo correr brincar.


Minha segunda mãe, minha segunda casa, minha querida Avó, nunca me esquecerei dos tempos que passamos.


Ainda me recordo do passado, onde todo dia de semana eu ficava em sua casa. Me lembro da senhora limpando, me lembro da senhora sentada na mesa, encostada na parede, só você sentava ali, virava a televisão para assistir as suas novelas preferidas, sentava ali para "escolher" o feijão, sentava ali para fazer suas refeições, sentava ali para conferir sua tele sena.


Não esqueço das nossas conversas, seus conselhos, suas histórias, suas broncas construtivas, suas piadas.


Como ela era simples e humilde, por mais que tivesse problemas, não os descontava em ninguém, como era brincalhona com a gente.


Tenho saudades dos domingos em que vinha em casa almoçar,você chegava, beijava todo mundo, perguntava se precisávamos de alguma coisa, perguntava como nós estávamos nos estudos, perguntava como estava tudo, ficava sentada na sala assistindo televisão, muitas das vezes, jogos do Corinthians,almoçava, ia dar uma volta no quintal e depois deitava em um dos quartos.




Se eu ficar aqui escrevendo sobre ela, sobre todos os meus dias com ela, daria um livro, porém, uma simples frase resume tudo:




"Minha querida e amada Avó, que saudade,nunca me esquecerei da senhora."








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